Vida e Poesia
Vladimir Maiakóvski
A poesia do então russo (depois soviético, mas nascido na Geórgia) Vladimir Maiakókvski ficou conhecida no Brasil, como se sabe, por meio dos concretistas que teceram loas às formas visuais compostas pelo poeta enquanto este serviu à Agência Telegráfica Russa (a famosa ROSTA). Diziam eles que a forma revolucionária proposta por Maiakóvski (adepto das formas cotidianas, entre outras "bofetadas no gosto do público") era o modelo perfeito para suas próprias pretensões. No entanto, ao publicarem a segunda coletânea de poemas do poeta da blusa amarela (havia uma edição na década de 60, hoje esgotada) acabaram privilegiando os poemas de amor dele para a bailarina e atriz (também crítica literária) Lilia Brik, entre outros poemas mais famosos, sempre seguindo a ideia poundiana da recriação em suas traduções.
Por isso é interessante a tradução feita por Emilio C. Guerra e Daniel Fresnot, ainda que a partir das edições completas de Maiakóvski em francês (a tradução dos irmãos Campos e de Boris Schnaiderman foi feita diretamente do russo), que trazem versões diferentes para poemas como "Em lugar de uma carta", o "A plenos pulmões",ou "A incrível aventura vivida por mim..." que nesta tradução aparecem como " "Minha pequena Lila (para servir de carta)", "À plena voz" e "A extraordinária aventura acontecida a Vladimir Maiakóvski", respectivamente.
Afora isso, há versões completas de poemas parcialmente traduzidos pelos concretistas, como "A flauta-vértebra", por exemplo, um dos vários modelos do amor doentio do cubo-futurista pela esposa do teórico da literatura Ossip Brik. Como há também os poemas políticos dele, excluído da tradução concretista talvez muito mais por medo da repressão da ditadura militar do que propriamente pela baixa qualidade dos mesmos (como eles afirmavam).
Esta coletânea também traz a pequena autobiografia do poeta e dramaturgo, que suicidou-se em 1930, "Eu mesmo", e também uma série de cartas de amor dele para Lilia Brik, quando ele esteve em viagem a Paris, e que se constitui uma curiosidade literária única.
Ano: 2006
ISBN: 85-7532-713-4
Por isso é interessante a tradução feita por Emilio C. Guerra e Daniel Fresnot, ainda que a partir das edições completas de Maiakóvski em francês (a tradução dos irmãos Campos e de Boris Schnaiderman foi feita diretamente do russo), que trazem versões diferentes para poemas como "Em lugar de uma carta", o "A plenos pulmões",ou "A incrível aventura vivida por mim..." que nesta tradução aparecem como " "Minha pequena Lila (para servir de carta)", "À plena voz" e "A extraordinária aventura acontecida a Vladimir Maiakóvski", respectivamente.
Afora isso, há versões completas de poemas parcialmente traduzidos pelos concretistas, como "A flauta-vértebra", por exemplo, um dos vários modelos do amor doentio do cubo-futurista pela esposa do teórico da literatura Ossip Brik. Como há também os poemas políticos dele, excluído da tradução concretista talvez muito mais por medo da repressão da ditadura militar do que propriamente pela baixa qualidade dos mesmos (como eles afirmavam).
Esta coletânea também traz a pequena autobiografia do poeta e dramaturgo, que suicidou-se em 1930, "Eu mesmo", e também uma série de cartas de amor dele para Lilia Brik, quando ele esteve em viagem a Paris, e que se constitui uma curiosidade literária única.
Ano: 2006
ISBN: 85-7532-713-4
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